quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um poema sem esperança


Como descrever com detalhes cortantes os sentimentos, como uma pessoa fatalista e solitária conta sua própria dor e angustia, não é fácil, mas eu me esforço para exprimir essas palavras, e compartilhar com os poucos que ao longe vislumbram as sombras desta realidade.
Nestas linhas de escritas dolorosas, venho dizer que, trago comigo um poema de tristeza, que foi gerado na escuridão da minha vida errante, um poema ferido e difícil de ser transmitido, pois não contém frases de esperança nem palavras confortantes, mas ao contrário, este expõe as minhas dores de uma forma crua.
Poema este, que aponta para caminhos que não vão a lugar algum, e que lança fora o pouco que restou de esperança de futuro, este traz arraigado no íntimo de seu bojo, palavras que nada dizem, vindas de dentro de um coração morto e trancado em um cofre sem chaves, abandonado no mais longínquo dos mares desabitados.
Quase todos os dias eu me questiono sobre a minha humanidade, o que é ser humano...? Nunca encontrei uma resposta que me fizesse concordar com a tal, todas são vagas de um sentido completo da totalidade da palavra, mas é por eu não concordar com tudo isso que não encontro meu lugar neste mundo e vou passando o tempo sem esperança, e tento alertar uns poucos que tem a curiosidade de saber por que é que veio para este mundo.
O ser humano traz o ódio em si e é moldado por ele querendo ou não, e o amor não passa de uma grande ilusão a qual acompanha um relógio que marca um tempo sem futuro de uma vida que pouco se sabe sobre seu desfecho real, é um constante mar de duvidas e incertezas sobre tudo.

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